Manchas de Sol: causas, tratamentos e prevenção

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A dermatologista Luciana Garbelini dá dicas de cuidados em casa e indica os melhores procedimentos estéticos

Os dias quentes de verão podem trazer alguns danos à pele. Nessa época as pessoas se expõem ao sol com maior frequência e é comum surgirem manchas escuras, especialmente no rosto. Por isso, a dermatologista Luciana Garbelini, da Clínica Luciana Garbelini de São Paulo, dá dicas de cuidados e de procedimentos estéticos para melhorar o aspecto da pele nesses casos.

O Que São Manchas de Sol? 

As manchas de sol resultam do excesso de produção de melanina, o pigmento que dá cor à nossa pele e a protege dos raios UV. Os raios do sol danificam as células produtoras de melanina, levando a uma hiperpigmentação em áreas específicas da pele. É importante ressaltar que, embora essas manchas sejam comuns, elas podem ser evitadas com práticas adequadas de proteção solar. 

5 Tipos de Manchas de Sol 

  1. Sardas (Efélides): Essas pequenas manchas escuras, frequentemente chamadas de sardas, são causadas pelo excesso de melanina na pele. Embora sejam parcialmente determinadas geneticamente, as sardas se tornam mais visíveis com a exposição ao sol. Geralmente, elas não indicam problemas de saúde e são comuns em pessoas de pele clara. 
  2. Manchas Senis (Lentigo Solar): As manchas senis são pequenas manchas escuras que aparecem, principalmente, em pessoas idosas. São causadas pela exposição prolongada ao sol. Os raios UV requerem muito tempo para causar essas manchas, e, portanto, elas são mais comuns em indivíduos mais velhos. 
  3. Melasma: O melasma se manifesta como manchas escuras maiores no rosto, frequentemente observadas em mulheres devido a fatores hormonais. A exposição ao sol intensifica a coloração do melasma. O uso de protetor solar é altamente recomendado, especialmente na área afetada. 
  4. Queratose Actínica: Estas lesões ásperas e, às vezes, avermelhadas, podem ocorrer em várias partes do corpo devido ao acúmulo de danos solares ao longo dos anos. Embora não sejam cancerosas, as queratoses actínicas são consideradas lesões pré-cancerosas e requerem tratamento adequado. 
  5. Hiperpigmentação Pós-Inflamatória: A hiperpigmentação pós-inflamatória ocorre quando a pele escurece após uma lesão ou inflamação cutânea. Embora geralmente desapareça com o tempo, pode ser mais persistente em peles mais escuras. Portanto, o uso de protetor solar e a exposição responsável ao sol são fundamentais.

Como Remover Manchas de Sol 

Existem vários tratamentos que podem ajudar a clarear manchas de sol na pele: 

1) Tudo começa pela proteção solar

A proteção solar diária é fundamental, mesmo com o fim do verão. “O ideal é que na época de exposição solar mais intensa os cuidados sejam redobrados para prevenir as manchas. Mas, caso elas surjam, o uso do protetor solar continua sendo importante para que não se desenvolvam ainda mais. Além disso, existem protetores com função clareadora que atuam nas regiões pigmentadas e ajudam a clarear as áreas acometidas”, explica a doutora Luciana.

A recomendação é usar protetor com cor de base, pois este tem uma proteção superior. Assim como ficar atento ao Fator de Proteção Solar (FPS), que deve ser de no mínimo 30. Tanto no protetor solar com cor quanto no caso do tradicional. E também buscar entre esses produtos aqueles que contam com ação clareadora. A dermatologista ainda explica que a pigmentação pode ocorrer também com a luz visível, por isso, deve-se associar à fotoproteção filtros físicos, que têm compostos minerais, tais como óxido de zinco ou dióxido de titânio. Além disso, não esquecer que a frequência também importa: “É necessário reaplicar o protetor a cada quatro horas”, diz ela.

2) Escolha os ativos e ácidos clareadores certos

A escolha dos produtos usados em casa pode ser uma arma poderosa no combate contra as manchas. Ativos com ação clareadora são ótimas pedidas, pois ajudam a clarear e uniformizar a pele. A vitamina C é um das substâncias usadas para este fim, pois ela inibe a ação da tirosinase, enzima que age na formação da melanina, e causa a pigmentação da pele. Além disso, é uma ativo que ajuda na proteção solar, contribuindo com a ação dos filtros solares.

Outra substância indicada para clarear manchas é o retinol. Ele é derivado da vitamina A e contribui no combate da hiperpigmentação. Ainda provoca uma esfoliação suave na superfície da pele, o que ajuda a melhorar a  textura e a luminosidade. A orientação é que seja utilizado à noite. “Vale ressaltar que ele combinado com a vitamina C potencializa o tratamento”, diz a médica.

Os ácidos também podem ser incluídos na rotina noturna de cuidados. O destaque é para o ácido tranexâmico, que funciona muito bem com todos os tipos de manchas, inclusive o melasma. “Esse ácido consegue inibir a conversão do plasminogênio em plasmina, uma substância liberada sempre que a nossa pele sofre uma agressão, como exposição ao sol, inflamação da acne ou um machucado. A plasmina estimula fatores inflamatórios que vão aumentar a produção de melanina na pele. Com isso, ao inibir essa substância, não há o estímulo da produção de melanina e da inflamação”, explica Luciana que também comenta que essa é uma característica diferente de outros ácidos clareadores que, em geral, atuam inibindo a enzima tirosinase, responsável pela produção de melanina.

De acordo com a médica, ele pode ser usado de forma tópico, de uma a duas vezes ao dia, e como suplemento por via oral. “Segundo estudo, mostrou-se uma melhora ainda maior no tratamento contra melasma quando combinados”, comenta ela.

3) Procedimentos estéticos que merecem destaques

Hoje, existe uma ampla variedade de procedimentos estéticos que podem ser combinados aos cuidados que se tem em casa. Os peelings químicos são altamente recomendados para tratar manchas superficiais, e com profundidade média. São realizados com ácidos, como o retinóico (que funciona da mesma forma o retinol, sendo que mais potente já que ele tem concentrações mais altas). “Por meio de uma reação química, as camadas mais superficiais da pele são destruídas. Como resultado, acontece um processo de cicatrização pelo próprio corpo, promovendo uma renovação da pele. E fazendo com que os pigmentos sejam eliminados”, esclarece a médica.

Um tratamento realizado em consultório que tem se mostrado eficiente no tratamento de melasma é o ácido tranexâmico por meio do microagulhamento com ‘drug delivery’. “Através de pequenos canais abertos na pele (que podem ser realizados com laser ou dermaroller) o ácido é aplicado de forma mais profunda e direta”, explica ela.

O laser Q-Switched também é uma boa opção para o tratamento de melasma, e outras manchas. “A energia do laser penetra na pele, destruindo as lesões pigmentadas superficiais e profundas. Esse tipo de laser gera menos calor na pele, o que o torna um bom candidato no tratamento de manchas, uma vez que o efeito térmico pode piorar o quadro”, esclarece. “Outra alternativa é a Luz Intensa Pulsada, que por meio da emissão de luz, age na camada superficial, clareando manchas, principalmente as manchas senis, pequenos vasos e sardas”.

A dermatologista ressalta que os produtos e tratamentos devem ser indicados por um médico especializado, de acordo com cada caso e tipo de mancha. “Após uma avaliação, é possível orientar a melhor estratégia de tratamento”, finaliza.

Prevenção de Manchas de Sol 

A melhor maneira de lidar com as manchas de sol é a prevenção. Aqui estão algumas dicas essenciais: 

  1. Use Protetor Solar Diariamente: Aplique protetor solar com amplo espectro e FPS adequado, reaplicando-o ao longo do dia. 
  2. Evite Exposição ao Sol em Horas de Pico: Evite o sol entre as 10h e 15h, quando os raios são mais intensos. 
  3. Proteja-se da Luz Visível: Além dos raios UV, a luz visível de dispositivos eletrônicos também pode causar manchas na pele. Considere protetores solares com proteção de amplo espectro. 
  4. Mantenha a Pele Hidratada: A pele hidratada é mais resistente aos danos do sol. Hidrate bem a pele antes e após a exposição solar. 

Lembrando que, enquanto as manchas de sol são comuns, a prevenção e a proteção solar são essenciais para manter uma pele saudável e radiante. Consultar um dermatologista pode ser o primeiro passo para lidar com manchas de sol e desenvolver uma rotina adequada de cuidados com a pele.

Sobre Dra. Luciana Garbelini

Dermatologista Formada pela Universidade de Santo Amaro. Residência médica em Dermatologia na Universidade de Santo Amaro

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