Genética e a pele

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A genética pode influenciar na saúde da pele?

A pele é o maior órgão do corpo humano, e como tal tem complexidades. Suas características são definidas por muitos fatores, que podem ser classificados ou terem natureza extrínseca e intrínseca. Dentro deste último grupo está a genética. Assim, por meio de uma análise genética é possível conhecer particularidades da pele, como predisposições a doenças e transtornos de pigmentação, o que ajuda a direcionar cuidados e tratamentos.  “O olhar para as origens pode ser como olhar para o futuro, principalmente se tratando da pele”, diz a dermatologista Luciana Garbelini.

Doenças e a genética

De acordo com a médica, muitas doenças de pele têm causas ou tendências genéticas. Alguns exemplos são psoríase, vitiligo, dermatite atópica e até câncer de pele. Além da acne e melasma, que também podem ter predisposição genética.  “Assim, conhecer o histórico familiar e até mesmo realizar um exame que avalia o DNA da pessoa são ferramentas poderosas para ajudar no diagnóstico aos primeiros sinais da doença ou de alguma alteração cutânea. Também pode ajudar na sua prevenção, já que ao saber da predisposição, a pessoa pode evitar uma série de situações que estimulem o desencadeamento da doença. E até estabelecer uma rotina de cuidados mais adequada às especificidades daquela pele”.

Cor da pele e suas características

A cor da pele está relacionada com a sua pigmentação. Esta se caracteriza pela quantidade de melanina que o corpo produz e é definida por fatores genéticos. Peles claras possuem baixa quantidade de melanina. Por esse motivo, estão mais suscetíveis à ação do fotoenvelhecimento. “Por ser uma pele sensível ao sol, para garantir a proteção é recomendado o uso de filtro solar que protege contra os danos causados pela radiação UVA e UVB. Nesse caso, o fator de proteção solar (FPS) deve ser 50 ou maior”, afirma a médica. 

Elas ainda podem ser mais propensas a manchas decorrentes da idade, como as melanoses, que são marcas de coloração castanha causadas pela exposição solar. “Produtos com hidroquinona na composição são recomendados por ser um agente despigmentante. Como resultado, promove o clareamento gradual das manchas. Além dele, o retinol, substância derivada da vitamina A, é recomendado para clarear manchas. Ainda provoca uma esfoliação suave na superfície da pele, o que ajuda a  melhorar a textura e a luminosidade. No entanto, o uso deve ser realizado durante a noite e é necessária a aplicação de protetor solar na rotina diária”, lembra a dermatologista.

Por outro lado, quem tem pele escura possui alta quantidade de melanina, assim os efeitos do fotoenvelhecimento tendem a ser menores. No entanto, essas pessoas estão propensas a distúrbios de pigmentação relacionados, por exemplo, a lesões causadas por acne. De acordo com a especialista, investir em dermocosméticos que apresentam na composição ativos antioxidantes como a Vitamina E e a Vitamina C pode ser interessante.

Pessoas com fototipo mais escuro também estão mais suscetíveis ao surgimento de melasma. Nesse caso, a médica recomenda o uso de produtos à base de ácido tranexâmico. “Esse ácido inibe a ação da plasmina, uma substância liberada sempre que a nossa pele sofre uma agressão e que gera o aumento da produção de melanina na pele. Pode ser usado de forma tópica, de uma a duas vezes ao dia, e como medicamento via oral”, diz doutora Luciana. Outra alternativa é o uso de peelings, lasers e luz pulsada que possibilitam o clareamento e estimulam a renovação do tecido. 

Ela explica que as peles escuras tendem a ser oleosas devido à maior produtividade de glândulas sebáceas. “A proteção solar deve ser realizada com produtos que preferencialmente não apresentem óleo ou outras substâncias que estimulam as glândulas sebáceas. E para auxiliar no controle da oleosidade é indicado o uso de produtos à base de ácido salicílico e ácido glicólico”, afirma.  

Por fim, a médica ressalta que o cuidado com a pele é algo especial e que cada paciente exige um tratamento dermatológico específico. Por isso, a importância de procurar um médico especialista para cuidados personalizados.

Sobre Dra. Luciana Garbelini

Dermatologista Formada pela Universidade de Santo Amaro. Residência médica em Dermatologia na Universidade de Santo Amaro

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